Depois de tanto a contar, de tanto vivido, de tanto amar.
Depois de sonhar, de lutar, de chorar.
Depois da vitória, da vontade, da comemoração.
Depois de viver, e sentir-se, enfim, verdadeira, nunca mais soube o que querer, o que buscar, onde encontrar. Nunca mais pôde planejar, tampouco agir. Não sabia mais como encontrar-se, em que momento teria se perdido. Quem realmente sempre foi, ou quando de verdade foi ela mesma. Não sabia se tinha ido, se tinha sido, por que não foi?
Buscou em lembranças, em cartas e provas... Sentiu saudades. Faziam falta todos os momentos. Cada pessoa que passou, cada história que teve, cada incerteza e todas as mudanças de caminho. Poderia ser mil, e talvez ainda o seja. Talvez.
Se já teve opções, não se lembra. Se já teve planos, já não os sente. Se houve sonhos, quais eram? Não estão nela. Não estão também as vontades, as verdades, as virtudes. Só o vazio.
O vazio de ter sido toda, e não mais saber quem é.
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